Tinha tudo uma magnitude impressionante, fantástica, poderosa e eu quieta, pequena, pálida seguia com o olhar cansado a poderosa força da mãe Natureza.
A terra e o mar uniam-se furiosamente. Tudo á minha volta desaparecia. Eu continuava ali, frágil mas resistente. O mundo podia acabar que eu continuaria ali. Quieta, movendo apenas os olhos grandes e assustados para não perder nada daquele horrendo teatro. Cabia-me o papel de espectadora atenta e fiel, e por nada eu mudaria a minha atitude. O palco podia cair. Se os actores continuassem em cena eu permaneceria ali. Cada pequeno pormenor seria indispensável para eu perceber alguma coisa, mesmo que tudo fosse incompreensível eu haveria de entender. Um dia mais tarde quando a peça tiver terminado eu serei a pessoa mais pievilegiada deste mundo (e do outro, se existir). Se conseguirmos aguentar qualquer coisa mantendo-nos fiéis a nós próprios então podemos dizer que somos nós e apenas nós mesmos, podemos também dizer que somos fortes e corajosos e justos mas não me parece tão importante tão indispensável como nós sermos nós mesmos.
Estou impacientemente á espera que a terra e o mar saiam de cena porque eu estou terrivelmente cansada de estar sentada na primeira fila da sala vazia.
25 de abril de 2011
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