15 de março de 2010

Nem mesmo tu.

Era aquele tipo de menina que só queria ser o centro das atenções, aquele tipo de menina que todos admiram e ninguém suporta, Aquela menina que despertava inveja e sorrisos. Aquela menina era apenas uma menina, e as meninas não percebem destas coisas, coisas de gente crescida e cruel.
E a menina chorava e sorria e gritava e amava...mas agora já não é assim, a menina cresceu, mas não queria crescer, porque quando crescemos aprendemos que existem pessoas que não gostam de nós, só porque não querem gostar, e é tão difícil perceber que elas gostam de não gostar, e dá-lhes prazer, elas têm prazer em detestar os outros e isso causa revolta, nojo, ódio...e depois as pessoas que não queriam ter prazer em detestar têm-no esse prazer doentio que suprime qualquer inocência e virgindade existente em qualquer ser humano...e é sempre assim, não vale a pena negar nem esconder nem retardar...é sempre assim a menos, que a morte bondosa e cruel te leve antes de conheceres o prazer macabro que o mundo tem em atormentar-se a si e aos outros, e a todos, ninguém escapa, ninguém pode escapar.

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